terça-feira, 8 de dezembro de 2009

JEJUNS DIFÍCEIS




“E houve naquela terra uma grande fome”. ( Lucas, 15:14 - Jesus na Parábola do Filho Pródigo. )


Na coluna de Joaquim Ferreira dos Santos, do Jornal “ O Globo” do dia 13/08/07 uma notinha cujo título é “ALUGUE UM AMIGO” assusta-nos. Ela anuncia um novo profissional no mercado. Trata-se do “personal friend” ou “Amigo Alugado” Ele pode ser encontrado facilmente pela internet e por oitenta reais ele vai ao cinema, ao shopping e outros passeios, só como amigo, claro. Tal personal tem como público alvo pessoas com dificuldade de relacionamentos.

Fiquei a pensar nessa fome emocional, espiritual, e até mesmo moral que o homem vive hoje na terra. Há pessoas que pagam para ter um amigo de mentirinha? É inacreditável! É uma notícia que choca, mas faz-nos refletir sobre a necessidade que temos de relacionarmo-nos. Sobre a ética dos relacionamentos de amizade, para que esta seja duradoura.

David Servan- Schreiber, doutor em ciências neurocognitivas afirma-nos: “ Nosso cérebro foi projetado para assegurar um relacionamento que é indispensável à sobrevivência da espécie. É a base de nossa capacidade inata de criar relações, no âmbito social, com os outros_ em um grupo, uma tribo ou uma família. (1)
Sendo o contato emocional uma NECESSIDADE BIOLÒGICA real para os mamíferos, ao lado do alimento e do oxigênio como afirma esse cientista que desenvolve com o seu grupo o Projeto Nova Medicina das Emoções, como entender essa total incapacidade de fazer amigos? Medo? Auto-proteção? Timidez? Esses sentimentos que se tornam tão comuns hoje são assim tão poderosos para ir de encontro a uma necessidade tão natural quanto o alimento e o oxigênio? São tantas as perguntas a que nos induzem a indignação com a notícia e, ao mesmo tempo, a compaixão pelos seres humanos... Sem respostas, optamos por falar dessas tristes “anorexias”, desses “regimes” forçados pelas circunstâncias difíceis da Terra e dos homens nessa hora.

Antes conhecíamos a fome de alimento. Ainda hoje instituições espíritas distribuem a cestas básicas para alimentação das famílias mais necessitadas que lhes batem à porta.Essa fome é mais fácil de ser saciada, até porque o governo distribui hoje a conhecida “Bolsa Família”. Conhecemos, também, a fome de conhecimento que invadiu o espírito humano nas últimas décadas.Esta vem sendo saciada paulatinamente, de acordo com nossa capacidade de assimilação. Conhecimento hoje é caro. Paga-se bem por seminários, workshops, palestras, onde se difundem os conhecimentos específicos.

Alimentados física e intelectualmente, conhecemos a Fome Emocional. É a fome de Compreensão, fome de Amor, determinando carências que adoecem os homens.

Como encontrar um amigo? Não sabemos. Até porque amizades nascem sempre de forma muito natural e espontânea. Vêm da empatia primeira que logo se faz simpatia; esta desenvolve-se em amizade e a amizade é o embrião do amor verdadeiro que precisa de cuidados para não ser abortado por nosso descuido.Há em todo relacionamento a perspectiva do amor porque o amor é parte de nossa genética espiritual. Ensaiamos na amizade o grande vôo para os cumes floridos do amor como Jesus nos ensinou. Não há manuais que nos ensinem a fazer amizades. Conhecemos, porém, de perto, a importância de um amigo em nossas vidas.

Há algum tempo, o mesmo jornal de onde retirei esta triste nota para nossa reflexão, publicava, no mesmo caderno, uma matéria sobre a figura do “Fiador Emocional”, definindo-o como a pessoa que está sempre por perto quando você se perde de si mesmo. São pessoas que trazem nos lábios palavras simples e mágicas que aplacam nossos medos e dores para não cairmos no descontrole psíquico. Não nos julgam. Antes, amparam-nos com uma palavra, um afago, um gesto simples, mas verdadeiro. Todos precisamos ter um “fiador emocional” que é a palavra sugerida para substituir a palavra AMIGO. Será que essa palavra tão bonita já está gasta? Envelheceu? Sabemos que as palavras envelhecem, mudam seu significado e até morrem quando as esquecemos. A língua tem vida. Mas até a palavra AMIGO que carrega em si o mesmo radical da palavra AMOR?

Jesus, conhecendo profundamente o amor, porque amava, deu-nos exemplos claros do comportamento de um amigo e do zelo que uma amizade requer.
Ser amigo é saber silenciar e ouvir como Jesus ouviu a confissão de Zaqueu .
Ser amigo é saber falar e advertir como fez a Pedro, avisando-o da tentação a que seria submetido.
Ser amigo é saber perdoar o medo desse mesmo amigo que negou, ante o Sinédrio, essa linda amizade que os unia e ainda afastou-se, justo no momento em que ele mais precisava. .
Ser amigo, é estar pronto e com tempo para receber o carinho ditado pela gratidão e emoção dos amigos. Foi assim que Jesus acolheu na alma o afago espontâneo da pecadora que lhe unge os pés. O Mestre pára por um pouco a sua vida para recolher a ternura singela que essa alma lhe ofertava; Sabia reconhecer e acolher o puro afeto. Quantos não têm tempo nem para os afagos dos próprio filhos!
Jesus não se distanciava dos amigos e percebia-lhes, mesmo de longe, as angústias. Sondava-lhes os pensamentos. E, sabendo-os em riscos em alto mar, vai ao encontro deles para ampará-los, caminhando sobre as águas e logo acalmando-os: “ Não temais, sou eu!”

Ser amigo é misturar lágrimas no abraço solidário na hora da dor. Quando avisado da morte de Lázaro, Jesus chora pela dor das irmãs Marta e Maria, suas amigas:”Jesus chorou”. Eis o menor versículo do Evangelho! Mas quanto nos fala do amor de Jesus!
- Ser amigo é oportunizar sempre ao amigo nova chance de reflexão sobre o valor dessa amizade, como o Mestre fez a Judas até o último instante: “Amigo, a que vieste?” Exclama quando Judas lhe dá o triste beijo. Até o fim ele o chama “Amigo”. Na certeza de que tudo se renovaria com o tempo que rega, sem descanso, as sementes do amor .

A amizade de Jesus se faz na partilha do conhecimento: “Já não vos chamo servos mas tenho-vos chamado amigos porque tudo o que ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer”.
Faz-se inda no sacrifício: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida pelos seus amigos”.
Na esperança do reencontro sempre, a cada despedida: “Vou preparar-vos o lugar”.
Na promessa cumprida: “ Eu vos enviarei outro consolador para que fique para sempre convosco
Nas palavras de consolação e ânimo: “ No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”.

Amigo, é o que pensa conosco as soluções para os nossos problemas.É aquele que bem conhece nosso lado feio e tenta embelezá-lo com a cosmética da verdade sem dor.É o que respeita os outros amigos que fizemos em nossa trajetória, silenciando as dificuldades de suas almas.É aquele que por sua alegria, faz-se medicamentos de Deus em nossas vidas.É, enfim, o que nina nossa dor, adormecendo-a para que descansemos dela por um pouco. É o que acaricia nossa alma silenciando seus gemidos.

Onde comprar esse amigo? Quanto custa?

Pensemos seriamente na dor dessas criaturas solitárias e tristes por falta de amigos e tarefas que lhes preencham o vazio da alma . Oremos por elas que jazem famintas em lares bem supridos de alimentos materiais. E, sobretudo, valorizemos os amigos que conquistamos apesar de nossas impertinências, nosso egoísmo, nosso personalismo. Amemo-los, com o mais profundo amor que nossas almas possam suscitar.

Livremo-nos desse triste jejum. E que nunca experimentemos essa Fome de Amor.


BIBLIOGRAFIA


1- SEVAN-SCHREIBER, David. CURAR- Sá Editora. São Paulo. 2004.
2- Novo Testamento.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Em tempo de Epidemia e Pandemia


Em tempo de Epidemia e Pandemia *


“E rogava-lhe muito, dizendo: minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare, e viva” ( Marcos, 5:23.)


O escritor e orador espírita Ramiro Gama relata em seu livro “Lindos Casos de Bezerra de Menezes” um episódio que muito nos serve aos dias atuais. Relata que um companheiro de trabalho, zeloso de sua saúde, por ouvir constantemente as advertências de seus familiares quanto ao hábito de visitar enfermos e aplicar-lhes o passe magnético, consultou o Dr. Bezerra de Menezes em uma de suas visitas ao médium cristão Chico Xavier. Inquiriu-o dessa forma: “Diante da necessidade de assistência direta a um irmão nosso em humanidade, portador de moléstia contagiosa, como a tuberculose, (assustadora naquele tempo) a lepra, como devemos proceder?Responde-lhe o nobre Espírito: “Cremos que a higiene não deve funcionar em vão, por isso mesmo não vemos qualquer motivo de ausência de nosso esforço fraterno junto aos nossos enfermos, a pretexto de preservarmos a nossa saúde, de vez que de nós mesmos temos ainda pesados débitos a resgatar. Evitar o abuso é dever, mas, acima de quaisquer impulsos de auto-defesa em nossa vida, prevalece a Caridade, com seu mandamento de Amor, sacrifício e luz”.Esse comentário me volta à mente nestes tempos de pânico entre a população de muitos países, incluindo agora o Brasil, em função da nova gripe (H1N1) que tem vitimado algumas pessoas.Não obstante o perigo que representa a referida pandemia, penso que, em nosso país, ela não matará mais que a falta de educação no trânsito, a ignorância que parece não incomodar as pessoas, a ira guardada na alma, a violência que grassa por todos os lados. Em relação à gripe, porém, andamos todos assustados, mobilizando recursos de defesa para não sermos surpreendidos pelo vírus. Buscamos informações detalhadas sobre os primeiros sintomas da doença, equipamo-nos com gel desinfetante na bolsa, usamos máscaras e outros apetrechos.

Também evitamos as pessoas diante de qualquer sinal de gripe. Uma amiga que é alérgica e, por isso, tem episódios de rinite e obstrução nasal, reclama do olhar de medo que as pessoas lhe dirigem, dela se afastando na rua e nos transportes coletivos. “Estou sob o impacto da exclusão” – comenta – referindo-se a esse procedimento que tantas vítimas tem produzido em todos os tempos. Já estamos evitando viagens, interrompendo essa forma saudável que modernamente tanto contribui para integrar os membros dispersos da família humana. É triste, pois a busca da convivência constitui uma necessidade básica do ser humano e é hábito que vem de tempos ancestrais, responsável por episódios memoráveis de nossa história, desde as rudimentares movimentações de tribos primitivas até a epopéia dos mares e, modernamente, ao passeio audacioso entre as estrelas, à procura de novos seres e novas civilizações. Tomara que o medo do contágio não reduza nossa tão produtiva curiosidade, nem apague a coragem da auto-superação que nos mantém fiéis aos ideais de progresso que dão sentido especial à vida humana.Quanto ao comportamento diante da gripe que nos atemoriza, compreendemos e justificamos tal zelo. André Luiz, comentando a conduta do espírita perante o Passe, adverte: “Interditar, sempre que necessário, a presença de enfermos portadores de moléstias contagiosas nas sessões de assistência em grupo, situando-os em regime de separação para o socorro previsto”. “A fé não exclui a previdência” – sentencia o Espírito”. (1) Também não podemos dispensar passes ou participar de reuniões que aconteçam a portas fechadas, se estamos gripados. Obviamente, não devemos pôr em risco a saúde das pessoas que nos procuram. As precauções são nossa garantia, mas se, apesar disso, acontecer a contaminação, é porque ela nos será útil de alguma forma, “temos ainda pesados débitos a resgatar”, como assinala o querido Dr. Bezerra.

Em cada situação, o que deve marcar nossa ação são os objetivos que movem a nossa presença aqui ou ali. O que estimula nosso movimento? Quando se trata de socorrer o doente, de cumprirmos nossa tarefa cristã, concordo com o Médico dos Pobres quando nos diz que uma vez tomados os cuidados higiênicos imprescindíveis, não há motivos para afastamento da tarefa maior de amor. Jesus pedia aos seus discípulos que fossem “curar os doentes” em seu nome. Generalizou e não especificou qual o tipo de doença deveria ser evitado. O próprio Cristo curou vários leprosos. E numa época em que estes viviam segregados da sociedade, em tristes vales de sofrimento e revolta.

Estar junto aos doentes é uma das condições enumeradas por Jesus para nosso encaminhamento ao Reino de Deus. No relato de Mateus (cap.25 vers. 35-36), conhecemos os pré-requisitos básicos para merecermos a convivência nos planos mais altos da vida espiritual. É sempre bom relembrá-los: “Tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, era forasteiro e me hospedastes, estava nu e me vestistes, ESTIVE ENFERMO E ME VISITASTES, preso e me fostes ver.” No elenco de atitudes enumeradas pelo Mestre, está o contato humano, está fixada a presença socorrista e alentadora nas dores físicas e morais de nossos companheiros de humanidade.

Enumera Jesus ações de conforto ao corpo e de reconforto à alma, na certeza de que o desconforto do corpo é conseqüência sempre dos incômodos da alma doente. Haverá forma mais suave de integração? É a mais verdadeira, porque baseada em atitudes que se eternizam criando laços e fixando lições de amor que tendem a se multiplicar.

Estava inspirado o imortal Austregésilo de Athayde quando afirmou: “A minha maior preocupação enquanto participei dos trabalhos de elaboração da Declaração Universal dos Direitos Humanos, pensando nas diversas dificuldades com as quais me defrontava, foi a criação de um liame moral e espiritual entre os diversos povos do mundo, isto é, estabelecer a Universalidade do Espírito”. E conclui: “Os laços econômicos e políticos não bastam e são precários. É preciso buscar além e mais alto, numa concepção mais larga do destino humano, a trama da humanidade. A razão da Paz e da fraternidade está fora dos códigos humanos”. (2)Pensamos com Emmanuel que toda dor que atinge a humanidade “é reflexo da mente humana, desvairada pela ambição e pelo egoísmo”. E, em sendo conseqüência de nosso mal interior, só o bem simbolizado na justiça que alimentarmos na alma se fará antídoto eficiente para reduzir as dores na Terra. Reforçando nosso argumento, está a palavra de Jesus sobre a dificuldade dos dias que hoje vivemos. Vale repetir sempre: “Se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria, mas por causa dos justos serão abreviados aqueles dias”. A única corrente que podemos fazer para nos defender nessa hora é a da ação constante e perseverante no bem, de modo a contagiar a todos com a nossa alegria de servir; é intensificarmos a atitude de amparo uns aos outros. É o exercício da solidariedade que entendo como o embrião do amor que há de ligar os homens um dia como membros da Família Divina.

Voltemos ao conselho sábio de Dr. Bezerra de Menezes, cujo aniversário na Terra comemoramos em 29 de agosto, e a quem reverenciamos como um Espírito que nos ensina a amar. O médico querido de todos sobreviveu para legar-nos muitos exemplos, mesmo depois de socorrer a tantos doentes durante a terrível epidemia da gripe espanhola que tantas vidas ceifou em nosso país, no ano 1918. Cuidemos de nós mesmos, através do cuidado constante com os outros. Mas façamos tudo sem medo, porque o medo é energia de baixo teor vibratório e é contagiante.

Cultivemos a serenidade ante os fatos que nos surpreendem a cada dia, porque nossa mente é núcleo de força e “a idéia é um ser organizado por nosso espírito a que o pensamento dá forma e à qual a vontade imprime movimento e direção”.

É preciso cultivar bons pensamentos, que envolvam a atmosfera circundante em halos de serenidade, alegria e saúde. É indispensável, também, disciplinar nossos lábios no sentido de coibir a emissão de palavras que mais possam atemorizar, adoecer e espalhar a desesperança entre pessoas sofridas à nossa volta.Marchemos, resolutos e cheios de esperança, na certeza de que Jesus seguirá sempre à nossa frente, livrando-nos do mais terrível de todos os contágios, o contágio da indiferença.


BIBLIOGRAFIA:

1- XAVIER, Chico- André Luiz- “Conduta Espírita”- FEB

2- VASCONCELOS, Humberto. “O Silêncio foi Quebrado. Ed Doxa- Recife-Pe. 2006.


* Artigo a ser publicado na próxima Revista Espírita de Campos

Receita para melhorar


Receita para melhorar



Dez gramas de juízo na cabeça,
Serenidade na mente,
Equilíbrio nos raciocínios,
Elevação nos sentimentos,
Pureza nos olhos,
Vigilância nos ouvidos,
Lubrificante na cerviz,
Interruptor na língua,
Amor no coração,
Serviço útil e incessante nos braços,
Simplicidade no estômago,
Boa direção nos pés.
Uso diário em temperatura de boa-vontade.



José Grosso/ médium Francisco Cândido Xavier em julho de 1948 na cidade de Pedro Leopoldo quando da visita do confrade Jacques Aboab, à época Diretor do Grupo Espírita André Luiz, do Rio de Janeiro, ao médium mineiro após sentida prece.

Influenciações Espirituais Sutis - André Luiz


"INFLUENCIAÇÕES ESPIRITUAIS SUTIS

Sempre que você experimenta um estado de espírito tendente ao derrotismo, perdurando há várias horas, sem causa orgânica ou moral de destaque, avente a hipótese de uma influenciação sutil.
Seja claro consigo para auxiliar os Mentores Espirituais a socorrer você.
Essa é a verdadeira ocasião da humildade, da prece, do passe.
Dentre os fatores que mais revelam essa condição da alma, incluem-se:
— dificuldade de concentrar idéias em motivos otimistas;
— ausência de ambiente íntimo para elevar os sentimentos em oração ou concentrar-se em leitura edificante;
— indisposição inexplicável, tristeza sem razão aparente e pressentimentos de desastre imediato;
— aborrecimentos imanifestos por não encontrar semelhantes ou assuntos sobre quem ou o que descarregá-los;
— pessimismos sub-reptícios, irritações surdas, queixas, exageros de sensibilidade e aptidão a condenar quem não tem culpa;
— interpretação forçada de fatos e atitudes suas ou dos outros, que você sabe não corresponder à realidade;
— hiperemotividade ou depressão raiando na iminência de pranto;
— ânsia de investir-se no papel de vítima ou de tomar uma posição absurda de automartírio;
— teimosia em não aceitar, para você mesmo, que haja influenciação espiritual consigo, mas, passados minutos ou horas do acontecimento, vêm-lhe a mudança de impulsos, o arrependimento, a recomposição do tom mental e, não raro, a constatação de que é tarde para desfazer o erro consumado.
São sempre acompanhamentos discretos e eventuais por parte do desencarnado e imperceptíveis ao encarnado pela finura do processo.
O Espírito responsável pode estar tão inconsciente de seus atos que os efeitos negativos se fazem sentir como se fossem desenvolvidos pela própria pessoa.
Quando o influenciador é consciente, a ocorrência é preparada com antecedência e meticulosidade, às vezes, dias e semanas antes do sorrateiro assalto, marcado para a oportunidade de encontro em perspectiva, conversação, recebimento de carta, clímax de negócio ou crise imprevista de serviço.

Não se sabe o que tem causado maior dano à Humanidade:

se as obsessões espetaculares, individuais e coletivas, que todos percebem e ajudam a desfazer ou isolar, ou se essas meio-obsessões de quase- obsidiados, despercebidas,contudo bem mais frequentes, que minam as energias de uma só criatura incauta, mas influenciando o roteiro de legiões de outras.
Quantas desavenças, separações e fracassos não surgem assim?
Estude em sua existência se nessa última quinzena você não esteve em alguma circunstância com características de influenciação espiritual sutil. Estude e ajude a você mesmo. "


André Luiz (Waldo Vieira)

(De “Estude e Viva”, de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz)

"Vida física é oportunidade abençoada, instrumentalidade para o progresso. Também é masmorra transitória de que te libertarás um dia se te promoveres às alturas do Bem." (De “Alerta”, de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis)